Presidenta Dilma lançou regras do programa Ciências sem Fronteiras, que vai beneficiar 101 mil pesquisadores e estudantes até 2014
Começaram nesta terça-feira, dia 13, as inscrições para alunos de graduação que quiserem passar um um ano fora do País. A presidenta Dilma Rousseff lançou, em Brasília, os editais que vão selecionar 12,5 mil universitários com bolsa de estudo da modalidade sanduíche nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália e França. O prazo para concorrer termina no dia 15 de janeiro. Na solenidade, a presidenta também assinou decreto que regulamenta o programa Ciência sem Fronteiras, que vai conceder ao todo 101 mil bolsas até 2014.
O Ciência sem Fronteiras vai beneficiar estudantes e pesquisadores das áreas de ciências básicas, engenharia e tecnologia, nas modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação (doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado). Segundo a presidenta, o desafio lançado há 140 dias foi transformado em realidade. Do total de bolsas a serem concedidas, 75 mil serão financiadas pelo governo e 26 mil pela iniciativa privada, conforme
Dilma havia pedido no lançamento do programa em julho. Colaborarão com o projeto instituições como Febraban, CNI, Petrobras, Vale entre outras.
Nesta terça-feira, foram anunciados os nomes dos primeiros 1.500 alunos de graduação beneficiados com bolsas para os EUA. A chamada pública coordenada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em caráter experimental recebeu 7.007 inscrições. Os primeiros 841 embarcam em janeiro de 2012 e os demais seguirão em julho para curso de idioma.
Os critérios para seleção para as bolsas diferem em cada edital, mas têm pontos em comum. Os candidatos de graduação devem ter no mínimo 600 pontos no Enem e ter bom desempenho acadêmico. Prêmios em olimpíadas escolares e participação em projetos de iniciação científica também contam pontos. Para Dilma, o programa valoriza o mérito, mas vai garantir também que estudantes que não são de classes abastadas não sejam prejudicados. Para isso, uma série de ações serão realizadas para auxiliar estudantes a superarem a barreira da língua estrangeira, como cursos em universidades federais e, para os selecionados, aulas no exterior.
“Esse é um programa que tem na base critérios essenciais. Primeiro, o mérito. E segundo, para aqueles que têm mérito, vamos dar oportunidades para dar acesso à segunda língua”, explicou.
Atração de cientistas
Além de enviar estudantes brasileiros para o exterior, o Ciências Sem Fronteiras também vai trazer estrangeiros ou brasileiros que atuam em outros países para o Brasil. Através do projeto Atração de Jovens Talentos serão buscados jovens pesquisadores residentes no exterior, preferencialmente brasileiros, que tenham destacada produção científica e tecnológica. Pelo Pesquisador Visitante Especial serão atraídos por período de três anos pesquisadores de alto nível, que se destacam na área onde atuam.
Inscrições pela internet
As informações sobre as bolsas e as exigências para concorrer estão no
site do programa Ciência sem Fronteiras. No mesmo endereço, interessados em concorrer devem preencher formulários e enviar documentação em formato PDF.
Fonte: IG. São Paulo