Segundo a mitologia grega, Midas foi um rei que viveu na Frigia no século 8 a.C. Muito rico ele tinha mais ouro que qualquer pessoa no mundo. Passava horas contando a sua riqueza em enormes depósitos e porões do seu palácio. Porem ele não estava satisfeito. Segundo a lenda numa noite um homem vestido de branco apareceu diante do rei Midas e concedeu-lhe um desejo. O rei imediatamente desejou ter o toque de ouro; assim todo o que ele tocasse viraria ouro. Quando Midas acordou pela manhã viu que seus lençóis de linho puro haviam se transformado em ouro puro! Espantado levantou-se e, ao tocar em sua casa esta também virou ouro. “É verdade”, gritou,“ eu tenho o toque de Midas”
Inspirado em histórias da época de ouro da mina de Serra Pelada o artista visual Armando Queiros traz na exposição que inaugura dia 14 de Março, um rei MIDAS que faz referência aos garimpeiros de Serra Pelada e suas arcadas recheadas de ouro, e mostra uma bocarra que devora, e é devorada por insetos. “Tive contato com os garimpeiros da Serra Pelada no boom da década de 1980 e pedi que eles oferecessem o molde da boca. Contratei um protético que colheu o molde. É impressionante. É o tempo e o que aconteceu com essas pessoas ao longo desses 30 anos. Era muito comum na época que os garimpeiros refizessem a boca com dentes de ouro. Mas a realidade agora dessas bocas é de total abandono, de falta, de depredação” conta o artista.
Armando Queiroz constituiu sua formação artística através de leituras, experimentações, participações em oficinas e seminários. Expõe desde 1993 e participou de diversas mostras coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Integrou projetos como: Macunaíma, em 1997, no Rio de Janeiro e Prima Obra, em Brasília, em 2000. Foi bolsista do Instituto de Artes do Pará em 2008 quando desenvolveu a bolsa de pesquisa Corpo toma Corpo – estudos em videoarte.
Sua produção artística abrange desde objetos diminutos até obras em grande escala e intervenções urbanas. Detém-se conceitualmente às questões sociais, políticas, patrimoniais e as questões relacionadas à arte e a vida. Cria a partir de observações do cotidiano das ruas, apropria-se de objetos populares de várias procedências, tem como referência a cidade. Foi contemplado com o Prêmio CNI SESI MarcantonioVilaça para as Artes Plásticas 2009-2010 e é o resultado deste Prêmio que o artista vai apresentar na Galeria de Artes do Centro Cultural Brasil Estados Unidos.A curadoria desta exposição é de Marisa Mokarzel.
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